sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Janta é pré-candidato a vereador em Porto Alegre

O Coletivo Força e Fé definiu o nome de Clàudio Janta como pré-candidato a vereador em Porto Alegre nas eleições de 2012. A deputada Juliana Brizola e representantes do movimento Brizola Vive! prestigiaram o evento que reuniu cerca de 200 pessoas.

A reunião contou com a participação de lideranças sindicais de diversas categorias de trabalhadores de Porto Alegre. Também compareceram ao encontro lideranças partidárias dos movimentos de ponta do PDT, de bairros, estudantis, femininas, ativistas culturais, esportivos, religiosos e das minorias.

O anúncio da decisão foi feito por Luis Carlos Barbosa que retirou sua candidatura em favor de Clàudio Janta. Também acompanharam Barbosa na decisão, e participaram da mesa de trabalhos, Silvio Ribeiro, Fernando Albino e Alexandre Rambo, potenciais candidatos a vereador em Porto Alegre.

Natural candidato dos comerciários de Porto Alegre, e sintetizando o sentimento dos demais integrantes da mesa, Barbosa defendeu o nome de Janta “em virtude de seu ótimo desempenho em Porto Alegre nas eleições para deputado estadual”, o que lhe garante maior densidade eleitoral, segundo ele.

O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Gerson de Assis, da mesma forma informou, em seu nome e das lideranças da categoria rodoviária da capital, que estava retirando sua pré-candidatura para apoiar Janta na eleição para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

A deputada Juliana Brizola destacou a parceria, a sinceridade e a fidelidade da relação política construída entre ela e Janta e entre os dois coletivos - Brizola Vive! e Força e Fé – no processo de luta pela democratização do partido na capital, no estado e no país.

Concorrendo pela primeira vez para um cargo legislativo, Janta fez cerca de 10 mil votos em Porto Alegre, sendo o quarto deputado estadual mais votado do PDT na capital, em um pleito em que concorreram diversos vereadores e tradicionais lideranças trabalhistas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Em crise, PDT sofre a ameaça de perder espaço na reforma ministerial


Enfraquecido politicamente por causa de uma rebelião interna no PDT, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, é um dos alvos da reforma ministerial que deve ser deflagrada pela presidente Dilma Rousseff na virada do ano. O Palácio do Planalto foi alertado de que há uma forte crise no PDT e que Lupi tem perdido a sustentação política para ficar no cargo. A resposta do Planalto: o PDT precisa se entender rapidamente, ou corre o risco de perder espaço na reforma.

Os adversários internos de Lupi dizem que ele controla com mão de ferro o PDT, já que tem o comando dos diretórios regionais. Um grupo de deputados liderados por Paulinho da Força (PDT-SP) e Brizola Neto (PDT-RJ) já ameaça formar uma dissidência interna para pedir democracia interna na legenda. Isso porque Lupi tem usado o mecanismo de comissões provisórias dos diretórios regionais para manter o controle do partido.

Com esse poder, ele também controla os principais cargos do Ministério do Trabalho, o que tem sido questionado pelos companheiros de partido. Nem mesmo o deputado Paulinho conseguiu ser eleito para o diretório paulista, e se mantém no comando do cargo por determinação do próprio ministro do Trabalho, mas como provisório.

"O PDT não se sente representado no Ministério do Trabalho, apesar de Lupi ter nomeado muitos pedetistas para os principais cargos. Só entra no Ministério quem segue a cartilha do Lupi. E ele controla o partido com mão de ferro", relatou um deputado do PDT, que evita atacar abertamente com medo de retaliação.

O Planalto identifica a existência de "fogo amigo" nas denúncias que começam a desestabilizar Lupi, num movimento semelhante ao que tomou conta do PP e que quase derrubou o ministro das Cidades, Mário Negromonte, há quase dois meses.

Segundo um auxiliar direto da presidente Dilma, o governo será firme se surgir alguma denúncia concreta, mas o partido corre o risco de perder o controle do ministério, como ocorreu com o PR no Ministério dos Transportes.

Avaliação feita no núcleo palaciano é que Lupi tem desempenho sofrível na pasta. Diferentemente do governo Lula, onde havia uma relação próxima entre ministro e presidente, na gestão Dilma o ministro Lupi perdeu influência. A pasta foi esvaziada, e atribuições políticas do setor estão diretamente ligadas ao Planalto. Além disso, há tempos o PT estimula a saída de Lupi porque a CUT perdeu espaço no Ministério do Trabalho.

Recentemente, num congresso do PDT no Rio Grande do Sul, Brizola Neto foi para o enfrentamento direto com Lupi e cobrou um processo democrático para escolha dos diretórios regionais. Ao mesmo tempo, integrantes da Força Sindical estão descontentes porque não conseguiram assumir o braço sindical do PDT.

Aliados de Lupi alegam que ele mantém o sistema de diretórios provisórios para evitar disputas no partido e, consequentemente, a perda do controle. Mas já reconhecem que ele precisa flexibilizar urgentemente o comando do PDT. Caso contrário, a situação política ficará insustentável.

Fonte: Agência O Globo