quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Importação em alta desestrutura setor têxtil

A empresa Stenville realiza há 20 anos o beneficiamento de tecidos. George Tomic, sócio-diretor da empresa, conta que recebe os tecidos dos clientes e os prepara para tingimento. Instalada em Jundiaí, interior de São Paulo, a empresa usava, até o primeiro trimestre de 2011, pelo menos 80% da capacidade, porém desde abril do ano passado deixou de receber encomendas e a produção caiu.

Segundo Tomic, atualmente a empresa trabalha com 50% da capacidade. Em janeiro, ele faturou 40% menos na comparação com o mesmo período de 2011 e as perspectivas para este ano não são boas. "As encomendas não voltaram e se continuarmos assim fecharemos a fábrica até julho porque não conseguimos mais pagar os custos fixos." No começo de 2011, a Stenville tinha 130 funcionários. Hoje são 75.

Tomic credita a dificuldade da empresa à importação. Ele conta que seus clientes são fabricantes de vestuário, de roupas de cama e mesa e de calçados. "As encomendas caíram porque as importações não são apenas de tecidos, mas de roupas já prontas."A queixa de Tomic faz sentido. No ano passado, o volume importado em roupas e acessórios aumentou 40,3% em relação a 2010. A variação é, de forma disparada, a maior entre todos os 25 segmentos de atividade em que o volume de desembarques é calculado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Depois do vestuário, o setor com maior aumento no volume importado foi o de veículos, com elevação de 21,5%.


 O volume de importação cresceu, mas a produção física de vestuário em 2011 teve queda de 4,4% na comparação com o ano anterior, segundo dados da pesquisa industrial mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O faturamento real do segmento, contudo, resistiu no ano passado, com alta de 2,9% em relação a 2010, pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Preocupados com estas situações, trabalhadores e empresários realizarão vários atos contra a desindustrialização no País. A primeira manifestação será no dia 15 de março, no Rio Grande do Sul; no dia 22 em Santa Catarina e dia 29 no Paraná. Já em São Paulo será no dia 5 de abril e em Brasília, será 10 de maio.

"A indústria de confecção também passou a importar não só matéria-prima têxtil, para reduzir o custo de produção, mas também o vestuário pronto", diz Edgard Pereira, professor da Unicamp e sócio de uma consultoria que leva seu nome. A importação de roupas já prontas foi a reação da indústria de vestuário à concorrência externa, e foi o que propiciou o aumento de faturamento, apesar da redução de produção doméstica. "O problema é quem está atrás: o setor têxtil, prejudicado não só pela importação da indústria quanto dos varejista", acrescenta Pereira.

Outra empresa é a Stenville, a beneficiadora de tecidos de Jundiaí. Ela é apenas uma das que contribuíram com a queda de 14,9% da produção brasileira de têxteis registrada pelo IBGE no ano passado. Além disso, o segmento travou 9,2% de perda de faturamento real em 2011. Foi o maior recuo entre os segmentos da indústria de transformação, segundo o levantamento da CNI.

A perda de dinamismo dos segmentos de têxteis e confecções refletiu na ocupação. Enquanto o emprego industrial total cresceu 1% em 2011, na comparação com o ano anterior (segundo a pesquisa de emprego industrial do IBGE), na indústria têxtil e de vestuário houve redução de 1,08% e 3,23%, respectivamente.

Proteger a indústria para garantir emprego

A queda da atividade econômica e o desempenho fraco da indústria brasileira em 2011 acenderam a luz amarela das centrais sindicais temerosas de que o país entre em um processo de desindustrialização e de aumento do desemprego.

O cenário sombrio decorre de medidas tomadas pelo governo federal para frear o consumo sob a alegação de que tais ações eram necessárias  para conter a inflação.

Desde o ano passado, nós, da Força Sindical, já vínhamos alertando que o Brasil corria o risco de conviver com baixíssimas taxas de crescimento do PIB e do emprego. Batíamos na tecla da urgência em reduzir drasticamente os juros, mas o governo não nos ouviu.

Por isso e também em razão do recrusdecimento da crise na Europa, a presidente Dilma Rousseff voltou a incentivar o consumo e a produção, porém a reação foi tímida. As centrais reagiram criando em janeiro o “Pacto pelo desenvolvimento, emprego e distribuição de renda”.

O objetivo é exigir do governo mudanças na política econômica com redução dos juros, valorização do trabalho e fortalecimento do mercado interno e criação de empregos.

Dias atrás, as entidades decidiram promover uma série de manifestações no país em defesa do emprego e da produção nacional. Os protestos vão reunir na mesma trincheira empregados e patrões, reivindicando medidas capazes de brecar a desindustrialização e garantir os empregos. Já estão marcados atos no Rio Grande do Sul, em  Santa Catarina e no Paraná. Dia 5 de  abril será a vez da capital de São Paulo.

Paulo Pereira da Silva

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PDT faz reunião em Brasília para organizar núcleo sindical

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) está se estruturando para buscar o voto dos trabalhadores nas eleições de outubro. Nesta terça-feira (14), o partido realizou em Brasília, a segunda reunião do ano destinada a organizar o Núcleo Sindical do PDT.

O encontro reuniu dirigentes sindicais vinculados ao partido em vários estados. Marcam presença o presidente nacional Carlos Lupi, o secretário nacinal e presidente da Fundação Brizola Pasqualini, Manoel Dias, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (Paulinho), que preside a Força Sindical e o presidente da Força Sindical RS, Clàudio Janta.



Na primeira reunião, no dia 7 de fevereiro, em Brasília, foi criada a Comissão Organizadora do Movimento Sindical do partido. Sob coordenação de Cláudio Janta, presidente da Força Sindical – RS, a Comissão, que conta com participação de dez lideranças sindicais, representando as diversas regiões do país, tem a tarefa de estruturar o Movimento Sindical do partido e organizar o Congresso nacional do movimento.

Envie seu relato sobre o transporte público da capital

A Força Sindical RS realiza uma campanha junto à população para saber e auxiliar na melhora do transporte público de Porto Alegre.

A campanha pela melhoria do transporte público iniciou nesta terça-feira, agora focada na população e nas redes sociais.

O objetivo é fazer com que as pessoas utilizem as redes do Facebook, Twitter, Orkut e emails para reportarem situações que enfrentam para usar o transporte público na hora de ir trabalhar ou para se locomover para os mais diversos lugares e itinerários da cidade.



Veja as redes sociais pelas quais você pode enviar seu comentário:

- Twitter: @ForcaSindicalRS

- Facebook:  http://www.facebook.com/forcasindicalrs

- Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=6184853074342989771

Participe!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Janta fala sobre sindicalismo para reportagem da revista Bastião

A sexta edição da Revista Bastião traz uma matéria intitulada "Sindicalismo em tempos de crise", onde o presidente da Força Sindical RS, Clàudio Janta fala sobre os movimentos e a união das classes. 

Janta comenta a tentativa de desgaste com o movimento sindical e com o trabalhador, que vem desde o início da reorganização dos sindicatos no país, na década de 1980.

- Nos rotularam de anarquistas, comunistas, baderneiros; e agora, com esses tempos modernos, nos chamam de dinossauros, de atraso - afirma. 

Ainda em entrevista, Janta afirma que a as razões das graves crises econômicas estão na falta de uma união entre os trabalhadores. 

- No Chile, na Espanha e em Portugal (países fortemente enfraquecidos pela crise econômica), existem sindicatos por empresas, por setores. Assim, os trabalhadores ficam divididos e não têm estrutura para nada. Nós pregamos a unidade na base. E a força vem da união - diz. 

A matéria na íntegra pode ser conferida no site da revista.

Imagens da Manifestação Nacional da CGTP-IN, em Lisboa

Na maior manifestação dos últimos 30 anos, que transformou o Terreiro do Paço em um terreiro do povo e luta contra a exploração e o pacto de agressão, os trabalhadores portugueses afirmaram bem alto a sua determinação e combatividade na defesa do direito ao trabalho, da valorização dos salários, por um país desenvolvido e soberano.

Manifestação Nacional da CGTP-IN, dia 11 de Fevereiro, Terreiro do Paço, Lisboa
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Convocação para o ato do dia 11 de fevereiro, em Lisboa

Esta paródia da música "Ai se eu te pego" é dedicada à luta contra o desemprego, a precariedade, os baixos salários e a política de austeridade que recai de forma pesada sobre os trabalhadores deixando intocadas as fortunas e o capital.

O vídeo apela também à participação na grande manifestação de dia 11 de Fevereiro no Terreiro do Paço, em Lisboa, organizada pela CGTP .

 

Clipe da música Polícia com Mongol

Este vídeo foi filmado em uma das favelas do Rio de Janeiro, e indicado como melhor vídeo de rap sobre música MTV Awards no Brasil (VMB).  

Direção: Rogério Rezende 

Gravadora: Warner Music e Mazzola

Todos os direitos autorais reservados por Ent Tape Brasil. e Rogério Rezende.