Na segunda-feira, a delegação da Força Sindical que está prestigiando o evento integrou as oficinas do Fórum Social e também a solenidade que contou com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Segundo Neco, Lula destacou em seu discurso que o G20 era insenssível à fome e à miseria. Também afirmou que os movimentos sociais devem estar mobilizados durante o ano todo e não somente no período do Fórum. A despedida de Neco da Angola, onde passou a última semana, foi na sexta-feira, dia 5, durante encontro com a Central Geral de Sindicatos Indepententes e Livres da Angola (CGSILA), em Luanda. Na ocasião, foi tratado o tema do Trabalho Decente, intercâmbio sindical e um projeto entre os países do Hemisfério Sul. |
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
FSM Secretário de Relações Internacionais da Força participa de reunião com centrais sindicais do Senegal
Piso regional - Centrais apresentam a pauta do reajuste do piso ao presidente da Assembleia
Após o presidente da Assembleia se desculpar, o encontro seguiu amistosamente com a apresentação da pauta do reajuste e o pedido de que volte a ter respeitada sua equiparação com o salário mínimo nacional. Embora o projeto de reajuste deva tramitar do Executivo para o Legislativo, os sindicalistas pediram o apoio de Villaverde nos debates que serão realizados com os deputados e empresários na Assembleia na aprovação do índice. Líderes sindicais argumentaram que o piso precisa de uma política de recuperação permanente para cessar perdas que se acumularam principalmente nos últimos dois anos. O mínimo regional beneficia mais de 1 milhão de trabalhadores no Rio Grande do Sul, entre calçadistas, domésticas, agricultores e serviços gerais. “Queremos uma política de Estado permanente para o piso regional. Os dados do Dieese apontam para essa necessidade”, afirmou o diretor da Força Sindical-RS, Luis Carlos Barbosa, que agradeceu a agilidade com que os sindicalistas foram atendidos no pedido de encontro com Villaverde. O presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski, disse que o reajuste tem fundamentação muito grande porque o Estado está em ciclo econômico positivo. O presidente da Assembleia destacou a importância do tema para o Legislativo e o Estado. “Sabemos que é um instrumento importante para o poder de compra do trabalhador”, disse. Ele garantiu que oficiará a proposta com as mesas e lideranças dos partidos para conhecimento de todos o mais rápido possível. “A Casa está aberta ao debate e as comissões à disposição das centrais”, ressaltou. Villaverde também elogiou a antecipação das centrais em se mobilizarem, debaterem o tema e levarem para a Assembleia. “Esse debate ajuda, inclusive, a recuperar o papel do Legislativo nos assuntos que mais interessam aos gaúchos”, finalizou. |
Piso regional - Centrais entregam proposta de reajuste do piso em 17,33% ao governador do RS
Barbosa, primeiro da esq para a dir, e Tarso no fundo ao meio | |
O diretor da Força Sindical-RS, Luís Carlos Barbosa, disse que as negociações foram abertas e que o Piratini demonstrou vontade em manter diálogo direto com o movimento sindical, algo que esteve dissociado do governo estadual por algum tempo.
Conforme o supervisor do Dieese, Ricardo Franzoi, para um movimento que ficou oito anos solicitando audiência com o governo e não tinha resposta, o encontro do governador com os sindicalistas foi muito importante. Embora Tarso não tenha tocado em números, disse que na proposta do governo, desde a campanha, o salário mínimo regional é uma preocupação e que cumprirá com a promessa de valorizá-lo e de iniciar a recuperação do piso. “Estamos otimistas e esperamos que o reajuste supere o que vinha sendo aplicado nesses últimos oito anos, que era um reajuste baseado na inflação”, afirmou Franzoi.
Sobre as negociações com o empresariado, a expectativa é que os empresários enviem alguém para negociar com os trabalhadores, já que se tem um ambiente econômico favorável para o reajuste salarial. O ambiente para o diálogo é considerado também mais favorável. “Mesmo quando houve a discussão na Assembleia e na Casa Civil, os empresários se negaram a conversar em 2000 e 2001”, lembrou.
Franzoi destacou que é importante nos processos democráticos ter as argumentações dos trabalhadores e dos empresários, com os deputados e o governador, a fim de que se tenha uma definição a partir do que alegam as duas partes.
As centrais serem recebidas mais cedo neste ano pelo governador foi o ponto mais positivo deste início de negociação pelo piso regional. O diretor da Força Sindical-RS, Luís Carlos Barbosa, acredita que este primeiro momento de apresentação de reivindicação das centrais acontece tendo em vista o currículo de Tarso e sua preocupação com os trabalhadores.
“Temos tudo para estabelecer uma política permanente de recuperação do piso regional”, ressaltou Barbosa. Para ele, a forma que esse processo ocorrerá vai gerar muito debate.
Hoje uma reunião com os empresários chegou a ser proposta para aproximar o setor da discussão. A base favorável ao governo na Assembleia é vista também como um ponto forte para aprovação de um reajuste melhor para os trabalhadores e de uma política permanente do piso regional e nacional, no sentido de transferir ganhos políticos para o Rio Grande do Sul.
João Alberto Fernandes, vice-presidente da CGTB, relembrou que na campanha eleitoral Tarso tinha um plano de governo que incluía a recuperação do salário mínimo regional. “O governo tem o entendimento de que o piso fortalece os trabalhadores, a indústria e o comércio, porque faz com que o dinheiro circule voltando na forma de impostos, mais consumo e na produção e novas indústrias”, enumerou Fernandes.
O viés popular do governo para valorizar o trabalhador foi destacado por Gelson Santana, diretor de organização da NCTS, a partir da reunião com Tarso. “Começou bem, é por aí que esperamos recuperar o piso com o governador comprometido com os trabalhadores”, garantiu.
Para Paulo Brack, presidente da UGT, a reunião de hoje demonstra a mudança de gestão que está no Palácio Piratini com o novo governo. “As portas se abriram para as centrais sindicais, fomos bem recebidos pelo governador, o que demonstra a boa vontade em receber a opinião e a sugestão dos trabalhadores gaúchos”, disse.
Os sindicalistas saíram com a certeza de que assim que o projeto do governo estiver pronto, chamará as centrais para a apresentação de um plano que será enviado à Assembleia para então começar o debate junto aos deputados a fim de conscientizá-los da importância do piso regional para a categoria e no incremento para a economia do Estado.
Enoí León, assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) que representou a CTB, acredita que 2011 é a oportunidade de recuperar ao menos parte do que se perdeu do piso nos últimos anos. Dentre os motivos, destacou que o salário mínimo nacional não subiu tanto, então, se o piso regional subir um percentual maior, não haverá grande impacto como teria em outras ocasiões, além disso o atual governo é mais aberto ao diálogo e o seu partido foi que criou o piso.
Após a reunião com Tarso, os sindicalistas se dirigiram para a Assembleia Legislativa, onde às 16h tiveram uma audiência de apresentação da pauta ao presidente Adão Villaverde.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Governo estadual - Para Janta, sistema de desenvolvimento do RS é positivo, mas falta qualificar trabalhador
Janta e Tarso | |
No entanto, Janta considera que falta tratar da questão do trabalhador e da qualificação profissional na efetivação dos planos de desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
Tarso explicou que, após a etapa apresentada hoje, o governo entra em um segundo momento. “Estamos com bom desempenho em termos de efetividade”, disse Tarso, prometendo relacionar demandas empresarias com as demandas do trabalho, de acordo com interesses da sociedade.
Para o presidente da Força Sindical-RS, a premissa de descentralizar as políticas públicas e incluir parcerias com o setor privado é interessante e necessária ao Estado, porque saí de um eixo de riqueza estabelecido. O que ainda falta, segundo Janta, é desenvolver outras regiões como a Fronteira Oeste.
"Esperamos descentralizar a riqueza do Estado e o desenvolvimento. E isso está no projeto, embora os trabalhadores não apareçam como parte relevante das diretrizes. Agentes como empresários e o cooperativismo aparecem nos planos de governo, mas não estão contemplados espaços para os trabalhadores e as representações dos trabalhadores no sistema", afirmou Janta.
A expectativa é que o governo se disponha a ouvir o movimento sindical, uma vez que já ficou constatado em governos anteriores que os projetos vêm para o Estado. O problema é que a mão de obra do trabalhador não passa por processos de qualificação, faltando pessoas preparadas para o trabalho. "A gente espera ser ouvido, temos projetos para contribuir com o desenvolvimento do Estado e o que foi apresentado hoje", garantiu Janta. Faltam trabalhadores capacitados para a indústria e o Pólo Naval, por exemplo, uma das prioridades do governo.
Para o movimento sindical, antes de fazer investimento, o governo precisa preparar as regiões e os trabalhadores para receber os avanços já que os trabalhadores são os principais interessados e agentes no desenvolvimento do Estado.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Governo estadual Vice-presidente da Força Sindical-RS, Walter Fabro, recebe regimento do CDES
O assessor técnico do conselheiro Walter Fabro é o economista Mário Lima, assessor da Força Sindical-RS, que também participou da solenidade. "São informações fornecidos pelo conselho e também informações que vamos repassar sobre a instituição de qua fazemos parte, no nosso caso a Força Sindical-RS, mais o currículo dos integrantes do conselho", esclareceu Fabro. O sindicalista contou que futuramente o conselho terá mais 10 conselheiros, ficando em 90 integrantes, mesmo número do conselho criado pelo então presidente Lula quando estava no governo federal. Hoje também foram convocados os integrantes da entidade para a primeira reunião de trabalho, que será realizada no dia 15 de março. Entre os temas a serem tratados inicialmente estão o modelo dos pedágios, pacto pela educação, ações para o desenvolvimento regional. |
FSM - Delegação de sindicalistas da Força participam de encontro com o ex-presidente Lula
A delegação dos comerciários que também fazem parte da delegação da Força Sindical participou dos atos de abertura do Fórum Social Mundial 2011 em Dacar, no Senegal. O objetivo dos participantes brasileiros é que neste fórum as discussões sejam aprofundadas. Os focos de debate abordam o Trabalho Descente e a solidariedade efetiva entre as nações.
Hoje, a delegação participa de um encontro com o ex-presidente Lula durante o fórum.
FSM - Fórum Social Mundial 2011 começa em Dacar com a tradicional marcha
O Fórum Social Mundial 2011 começou ontem em Dacar no Senegal. O evento conta com a participação da delegação de comerciários brasileiros, muitos integrantes também da delegação da Força Sindical.
Os comerciários presentes representaram a Secretaria Nacional dos Comerciários filiado (Setraconservi) durante a marcha de abertura do FSM pelas ruas de Dacar.
Segundo o presidente do Sindec e secretário de Relações Internacionais da Força Sindical, Nilton Neco, a expectativo dos organizadores é grande sobre a qualidade das discussões que acontecerão durante o evento. "Aqui está a esperança de construir um outro mundo possivel para a classe trabalhadora", definiu Neco.
Piso regional - Centrais sindicais reivindicam reajuste de 17,33% no piso regional
Correa, segundo da esq para a dir | |
Além do piso, a reunião serviu para traçar os rumos da campanha estadual pelo piso regional e a agenda unificada de atividades. O índice de 17,33% corresponde à média do PIB dos últimos dois anos, do Estado e do país, acrescido do INPC acumulado dos últimos 10 meses, mais um percentual do acúmulo da perda do piso regional, desde sua criação, em 2001. Essa recuperação do valor histórico será dividida em duas parcelas.
Na próxima terça-feira, haverá concentração de sindicalistas na Assembleia Legislativa às 13h. Logo depois, às 14h, está prevista uma audiência com o governador Tarso Genro e às 16h a pauta será protocolada pelas centrais na Assembleia, em reunião com o presidente do Legislativo, deputado Adão Villaverde.
O diretor da Força Sindical-RS Cláudio Correa, que vem acompanhando os encontros preparativos da campanha pelo piso regional 2011 há um mês, disse que os 17,33% satisfaz em parte os trabalhadores. “Nesse índice não está todo o valor que temos que recuperar. A ideia de 17,33% é porque se abriu a diferença que ainda falta recompor em duas parcelas de 8,59%. O percentual seria nesse momento 17,33% que iria recuperar 50% do valor que era o piso quando foi criado”, afirmou.
O sindicalista acredita que o índice é o começo da luta por melhores reajustes e que o Estado tem condições de cumprir e de pagar o piso estipulado. “Um exemplo claro é que a Assembleia Legislativa reajustou em 64% o salário dos deputados e a população e os empresários não impediram”, argumentou. Outro ponto levantado por Correa foi o fato do governo gaúcho hoje estar sob a gestão de um partido originário da classe trabalhadora. “Não acredito que tenhamos problemas para aprovar aqui o piso que reivindicamos”, completou.
Os sindicalistas também abordaram a questão do mínimo nacional e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).
Correa comparou Dilma a Lula e afirmou estar otimista que a presidente atenda a reivindicação dos trabalhadores. “Não vamos negociar mais com o Lula, estamos negociando com uma administradora que acima de qualquer coisa quer ver os dados e os números. Acredito que o início é meio tumultuado, mas vai se perfilando porque o movimento sindical ajudou o país a sair da crise”, lembrou.
O economista do Dieese, Ricardo Franzoi, indicou a necessidade de revisão dos critérios de reajuste nos índices salariais. “O que tornaria o salário mais perto da realidade seria não ficar pagando o reajuste baseado no PIB de dois anos atrás, porque a economia está crescendo”, opinou economista, afirmando que esse raciocínio se aplica tanto ao mínimo regional quanto o nacional. Segundo ele, a principal questão atualmente é a garantia de uma política permanente de recuperação do salário.
“No mínimo regional temos um valor muito defasado em relação ao nacional, mas temos que ter em conta ainda que o piso regional não tem acompanhado o crescimento e a distribuição da economia gaúcha”, explicou.
Oniro Camilo, vice-presidente da NCTS, destacou que a mobilização unificada entre as centrais sindicais está maior em 2011, já que foi construída desde 2010. “As centrais estão preocupadas com os trabalhadores e com a valorização do piso regional aqui no Rio Grande do Sul”, disse. Conforme o sindicalista, a recuperação dos 27% de defasagem do piso é importante e há uma expectativa dentro do movimento sindical de que com o governo Tarso Genro haja uma nova visão sobre o mínimo estadual e o índice volte ao mesmo patamar de 2001, que era 1,28% acima do salário mínimo nacional.
Nessa direção, Henrique Silva, diretor da CTB, disse que a campanha unificada com as demais centrais torna o piso regional uma exigência concreta. “Queremos discutir e aprovar no Rio Grande do Sul a valorização e o reconhecimento da manutenção do piso estadual”, frisou. Conforme Silva, o momento de desenvolvimento do Estado passa pela valorização do mínimo regional e que isso aconteça de fato.
O sindicalista também defendeu o salário mínimo nacional de R$ 580 e disse que o posicionamento da presidente Dilma Rousseff, ao não negociar um reajuste maior, significa um retrocesso da política que vinha sendo implantada na valorização do trabalhador. “Valorizar a política que havia antes, de ganho real mais o crescimento em relação ao quadro do salário mínimo nacional, realmente faz diferença em relação ao quadro de economia do Brasil. O posicionamento dela não vem ao encontro da posição dos trabalhadores”, criticou.
O forte processo de unidade entre as centrais sindicais deverá dar o tom da luta pelos direitos dos trabalhadores na campanha deste ano. Essa é a opinião do presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski. “O mínimo regional perdeu ao longo dos anos muito da sua valorização, seja em relação ao mínimo nacional ou comparado ao crescimento da economia do nosso Estado”, ressaltou.
A mobilização dos trabalhadores buscará na Assembleia Legislativa a recuperação do piso e um salário compatível com o trabalho do Rio Grande do Sul. O sindicalista da CUT também acredita que as negociações pelo salário mínimo nacional vão avançar até os R$ 580 pedidos pelas centrais sindicais. “É possível e a economia permite, há um lastro dos últimos anos em que foi mostrado que a política do salário mínimo dá possibilidades de distribuição de renda e oxigenação da economia”, garantiu o dirigente da CUT.
Os sindicalistas lamentam a maneira conservadora com a qual o governo nacional está tratando o salário mínimo e o reajuste da tabela do Imposto de Renda. “Essa postura não contribui para o desenvolvimento e nem para a geração de renda”, garantiu Woyciechowski.
De acordo com César Pacheco Chagas, presidente da CGTB, o índice do piso regional foi definido a partir do consenso entre as centrais como o que efetivamente recuperará as perdas ao longo dos anos. Em relação ao mínimo nacional, a central está trabalhando para melhorar a proposta do governo federal. “Nos estranha a proposta da presidente Dilma, bem diferente daquilo que é o anseio do trabalhador. Assim continuaremos pressionando pela recomposição do mínimo de R$ 580 e também pela redução da tabela do IR”, finalizou.
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