quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Rodoviários voltam ao trabalho, mas não abrem mão da extinção do banco de horas

A Força Sindical-RS participou da mobilização do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre e região metropolitana na madrugada desta quarta-feira. Os trabalhadores exigem o reajuste de 8% a 10% no salário, fim do banco de horas da categoria e vale refeição.
Além da Central, sindicalistas e trabalhadores de outras empresas se reuniram às 2h da madrugada para exigirem direitos e fazerem parte da greve. Os trabalhadores protestaram, sobretudo, pela extinção do banco de horas.

O presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, participou das negociações da categoria desde o início do ato. “Reunimos vários sindicatos e categorias e conseguimos avançar na abertura das negociações, que estavam atrasadas. Infelizmente, a greve inicial deixou 50 mil pessoas sem transporte no início da manhã, mas não tivemos escolha. Conseguimos pelo menos que em 180 dias se resolva a extinção do banco de horas, o reajuste e o adicional de motivação”, destacou Janta.
No total, 30 ativistas da Força se concentraram às 2h na sede do Sindicato dos Rodoviários, localizada na avenida Venâncio Aires, apoiaram os rodoviários e passaram a madrugada em vigília. “Foi uma mobilização importante, mostramos que as reivindicações são justas até para a população que necessita de motoristas bem preparados e dispostos”, complementou o presidente da Força Sindical-RS.
Por volta das 3h, mais de 300 pessoas em dois ônibus e diversos carros se dirigiram para a sede da Viação Alto Petrópolis(VAP), de propriedade de Ênio Roberto Dias dos Reis, também presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Até as 8h30min da manhã nenhum ônibus havia deixado a garagem da VAP, que normalmente começa a operar às 5h, ficando todos os veículos parados.

Comprovada a adesão total dos rodoviários, o proprietário da empresa chamou o Sindicato dos Rodoviários para conversar. Uma comissão liderada pelo vice-presidente da entidade trabalhista, Gérson Assis, e o presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, começaram as negociações e receberam a proposta da formação de outra comissão para resolver a questão do banco de horas. Também nessa reunião, Ênio dos Reis se comprometeu a não descontar a paralisação do salário dos trabalhadores.
Hoje de tarde, às 16h, haverá nova reunião para que o índice de dissídio do salário seja discutido. A categoria pede reajuste mínimo de 8%. Amanhã, às 20h, os rodoviários votam a proposta e decidem os rumos da mobilização na sede do sindicato.

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