terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Redução do IPI deve estimular a economia no RS

Na última semana o Governo Federal anunciou a boa nova para este final de ano. Trata-se da redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada linha branca. O pacote também inclui a redução de tributos sobre macarrão, farinha, além do aumento do teto de financiamento de casas do programa Minha Casa Minha Vida.

Os impostos e as taxas vigentes no Brasil, em seu padrão normal, impedem o ritmo de consumo. A carga tributária brasileira é elevada, além de injusta e complexa, o que acaba sendo um obstáculo que restringe o potencial do mercado consumidor.


Estudos mostram que cidadãos que ganham até dois salários mínimos por mês gastam 49% de sua renda com tributos. Quem recebe mais de 30 salários mínimos, gasta 26%. Uma tributação justa acarreta benefícios para o consumidor, pode ter uma vida mais digna, e também traz benefícios para a sociedade porque aumenta a oferta de empregos. Por fim, o Brasil acaba sendo beneficiado porque a economia como um todo cresce.

O governo deve adotar medidas contínuas como esta, pois não adianta somente reduzir o IPI dos carros, também se deve pensar nos móveis, vestuário e até brinquedos. Isso tudo geraria mais empregos e manteria a indústria nacional aquecida, fazendo a economia gerar.
 
É importante ressaltar que essa medida foi adotada por sugestão das Centrais Sindicais, em especial da Força Sindical, durante a crise econômica de 2008, quando o governo federal renunciou R$ 8,4 bilhões ao diminuir o imposto de renda para pessoas físicas, reduzir a tributação sobre veículos e operações de financiamento. Este é o diferencial com o que ocorre atualmente na Europa, onde ao invés de adotarem medidas semelhantes a essa, os governos apostam na clássica e falida política recessiva da redução dos salários, do desmonte do Estado e da submissão ao sistema financeiro.


Este pacote de Natal mostra que o governo brasileiro reconhece o papel decisivo da carga tributária sobre o ritmo da economia, seja para alavancá-la, com desoneração, ou para contê-la.

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