sexta-feira, 9 de março de 2012

Audiência Pública não resolve problema dos Moradores; Segue faltando diálogo com a comunidade

A audiência pública ocorrida na última quarta-feira entre moradores dos bairros da Zona Norte (Rubem Berta, Passo das Pedras e Leopoldina) e a Secretaria Municipal do Planejamento, com a presença do secretário Márcio Bins Ely, não surtiu efeitos no que se refere à opinião dos moradores.

Segundo a líder comunitária Laura Elisa Machado, o secretário chegou com uma hora de atraso e os moradores, cada um, tinham apenas dois minutos para expor um série de conflitos e situações que as comunidades estão enfrentando com o novo tracejado no mapa proposto pela Prefeitura Municipal. 


Dentre os principais problemas da proposta, está a divisão de bairros históricos, com comunidades que se negam a pertencer a outro bairro que não o seu origem, a dificuldade na inscrição das comunidades para que possam falar na última audiência pública com o poder municipal no dia 27 de março (embora não divulgada, na hora da inscrição no Centro, a comunidade deve apresentar a documentação como comprovante de residência e RG com foto) e a falta de atenção para o que é sugerido pelas próprias comunidades na questão da unificação de bairros.

As comunidades estão se reunindo desde o dia 29 de feveireiro em oito eixos temáticos para discutir as questões. A dificuldade é sistematizar rapidamente  as contradições quando se reúne grupos isolados nos eixos.

"Vamos ter que decidir, depois, tudo em uma grande e única assembleia com os oito eixos reunidos na Câmara no dia 27 de março. Vai faltar tempo e provavelmente aumentar as chances de dar tumulto, porque as comunidades querem receber a devida atenção sobre onde moram", informa a líder comunitária.

Líder comunitária, Laura Elisa Machado

As comunidades defendem que seja mantido a comunidade Jardim Leopoldina como se encontra e que o Passo das Pedras então se transforme em bairro dentro do traçado original. Já na questão da unificação, o pedido é que se crie um novo traçado unindo a comunidade do Costa e Silva dentro de um único novo bairro.

"Não pode ficar um conjunto habitacional de um lado, e outra parte em outro bairro, que o que está para acontecer", aponta Laura.

As comunidades clamam para que as discussões sejam realizadas dentro dos locais atingidos pelas mudanças. Também pedem que se priorize a regularização de moradores e áreas antes de se propor um novo traçado.

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