segunda-feira, 5 de março de 2012

PDT presta homenagem a Jango em Porto Alegre

Reafirmando a tradição trabalhista de reverenciar a memória dos líderes da legenda, o Diretório Metropolitano do PDT, presidido pelo deputado Vieira da Cunha, reuniu na segunda-feira, dia 1º, expressivo grupo político junto ao busto de João Goulart, na Usina do Gasômetro, para registrar a passagem dos 93 anos do presidente do Brasil cassado pela ditadura militar. Jango nasceu em 1º de março de 1919, em São Borja. 

A homenagem reuniu o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mauro Zacher, o secretário do Planejamento, Márcio Bins Ely, representando o prefeito José Fortunati e o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr, o secretário do Trabalho da capital, ex-deputado Pompeo de Mattos, e o neto de João Goulart e presidente do Instituto João Goulart, Christopher Goulart. 

Com bandeiras do PDT, também estiveram no ato militantes da Juventude Socialista, como João Cella e Natashe Inhaquite, e antigos colaboradores de Jango no governo e alguns que o acompanharam no exílio, como Maneco Bigode, Toninho Ávila e Carlos Bastos.



O professor Antônio de Pádua, 89 anos, lembrou que é preciso questionar o que Jango deixou para a vida brasileira. Investigado pelos militares, nunca foi apontada nenhuma irregularidade contra o presidente que foi duas vezes vice-presidente da República e assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961, depois da resistência histórica comandada no Rio Grande do Sul pelo então governador Leonel Brizola.

Vieira da Cunha referiu-se no início da homenagem, aos saudosos da ditadura militar que ainda hoje buscam denegrir a imagem do presidente morto no exílio, em 6 de dezembro de 1976, tendo sofrido resistência dos militares até mesmo para o seu enterro em São Borja. 

Vieira pontuou artigo assinado esta semana, em jornal da capital, por um historiador reacionário que leu o livro Jango, do professor Jorge Ferreira e, de 700 páginas, questionou alguns parágrafos onde o autor pesquisou a fortuna do herdeiro de Vicente Rodrigues Goulart, pai de João Goulart que, ao falecer, deixou o filho com apenas 19 anos para administrar as propriedades rurais. É sabido que Jango era um homem audaz para os negócios rurais, que foram consolidados bem antes do seu ingresso na vida política, pelas mãos de Getúlio Vargas a partir de 1945.

Christopher Goulart, revelou que há dez anos a mesma homenagem serviu de palco para o seu primeiro discurso político, quando foi convencido da importância de resgatar a memória do avô. Estudioso do trabalhismo e da trajetória de João Goulart, o jovem advogado está empenhado, ao lado do pai, João Vicente, em recuperar a memória de Jango não só na instância jurídica, mas especialmente na memória da nação.

Fonte: PDT RS

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