sexta-feira, 25 de março de 2011

Faixa de Fronteira Audiência pública aborda os problemas do setor arrozeiro, integração e desenvolvimento da Fronteira


 

A audiência pública da ALRS chamada pela Força Sindical-RS no 3º Seminário da Faixa de Fronteira em Uruguaiana começou na manhã desta sexta-feira com uma participação positiva do público em geral. A audiência trata da Vivificação da Fronteira e conta com a participação do público em geral e de entidades como a OAB, Associação dos Arrozeiros, Força Verde e Federarroz.

O presidente da Força Sindical-RS abriu os trabalhos e disse em seu discurso que a central tem grande interesse em discutir a Faixa de Fronteira. Ele lembrou que em 2010 o Conselho do Mercosul sugeriu que as regras da faixa, que a tornam de exclusão, fossem extintas da legislação e que os países fossem realmente integrados numa área de livre comércio. No entanto, nada evoluiu nessa direção.

Janta também criticou a ausência dos presidentes e suplentes das quatro comissões da ALRS que aprovaram a audiência. O único representante presente foi o deputado estadual Frederico Antunes, que também é vice-presidente da Assembleia. As comissões que integram a audiência são: Mercosul, Meio Ambiente e Saúde, Economia e Finanças e  Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.

"Queríamos que os presidentes das comissões estivessem aqui, que sentissem na pele a distância da Fronteira. É com muito pesar que lamentamos a ausência dos demais presidentes, porque o deputado Frederico Antunes está sozinho representando a ALRS", disse o presidente da central.

O presidente do Legislativo local, Ronnie Mello, mais uma vez agradeceu a central por promover o evento e escolher a cidade para realizar o seminário. Ele informou que a questão dos problemas da produção do arroz foi proposta para discussão pelo vereador Gilberto Risso. "Temos um problema sério do preço do arroz  e da concorrência desleal. O principal dessa discussão é a falta de políticas públicas também para o setor da pecuária", disse.

Segundo o vereador Ronnie, o arroz gaúcho não está recebendo a valorização que merece pela sua qualidade. O arroz deveria ser vendido a R$30 a saca e é vendido a R$17, pouco competitivo com o produto argentino, que além do valor, recebe incentivos do governo que o Brasil não recebe.

O vice-cônsul Lucas Brandão prestigiou a audiência.

Em sua fala, o deputado Frederico Antunes também agradeceu a Força Sindical-RS por "ajudar a agrupar forças políticas pela geração de emprego e renda em regiões que sofrem concorrência desleal, como no caso da Fronteira".

"A Força Sindical tem sido a bandeira que nos agrupa e nos leva a discutir com mais objetividade", disse Antunes.

O deputado saudou os vereadores dos municípios presentes e destacou a importância da União dos Vereadores da Fronteira. Comentou que falta disposição de agentes políticos para fazer mais do que falar. "Os demais deputados reconhecem nossas demandas mas não as colocam como prioridades simplesmente porque não são da região e não vêm aqui", criticou.

Segundo ele, a desculpa do tempo e da distância impede o maior envolvimento dos deputados com as demandas de São Borja, uruguaiana, Itaqui, São Gabriel, Quaraí, Livramento. "Somos defensores do atendimento urgente de medidas para os produtores de arroz. Estamos aqui para ouví los", afirmou.

Frederico informou que durante a tarde será entregue um documento ao presidente da Câmara Federal, Marco Maia, exigindo urgência de medidas para a região e o setor do arroz.

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