segunda-feira, 14 de março de 2011

Solidariedade Força Sindical-RS vai a São Lourenço do Sul ajudar flagelados

 
A Força Sindical-RS distribuiu ontem durante o final da tarde e à noite mantimentos, roupas, água, colchões e cobertores em quatro pontos de desabrigados da enxurrada que inundou parte da cidade de São Lourenço do Sul. O Arroio São Lourenço transbordou e invadiu casas na madrugada de quinta-feira. A van da Força Sindical-RS esteve nas comunidades Medianeira, Fátima, Navegantes e na Igreja Matriz.

Entre os flagelados, relatos davam conta de que as águas subiram muito rápido no final da madrugada de quinta-feira e que as pessoas não tiveram tempo de salvar móveis, utensílios de casa e roupas. A maioria saiu só com a roupa do corpo, perdendo tudo o que tinha dentro de suas casas, que ficaram tapadas pela água. A enxurrada atingiu todas as classes sociais, deixando o município em estado de calamidade pública. 

Diante desta situação, o diretor da Força Sindical-RS e presidente da Força Verde, Lélio Falcão, se dirigiu na quinta-feira mesmo para ajudar as vítimas da cidade. Lélio, que é de São Lourenço, representou o presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, levando alimentos e prestando solidariedade aos flagelados. 

A maior necessidade da população é de água e colchões. Alguns voltaram para as residências depois que a água baixou por medo de saques. Em cada abrigo organizado pela Prefeitura e lideranças comunitárias havia pelo menos 50 pessoas resgatadas de suas casas, grande parte crianças e idosos. Muitas foram também para a casa de parentes. 

Foram identificados até o momento sete mortos, mas esse número pode aumentar devido à inundação no interior do município. 

"Ainda bem que estamos recebendo muitas doações, nosso muito obrigada pela ajuda", disse a coordenadora comunitária do Bairro Medianeira Cléo Weber.

A maior reclamação era a perda total do que havia dentro das casas. "As pessoas ficaram sem casa, só com a roupa do corpo" era a frase mais ouvida. Escolas também ficaram inundadas no
bairro Fátima. 

"Estamos recebendo o que precisamos por enquanto, mas água vai faltar, colchão e cobertores também", avaliou Cléo Barbosa, uma das flageladas.

João Ernesto Cavalheiro, 52 anos, morador da rua Osório, perdeu tudo que tinha e contou que em 10 minutos sua casa estava tomada pela água viscosa do arroio. "Nem voltei para ver minha casa, perdi tudo", resumiu.

Lorena Macedo Ferreira, 56, estava indignada com a demora do poder público em avisar as famílias para saírem de casa. "Estamos com verbas mínimas da Prefeitura", reclamou.

O vice-governador Beto Grill está na cidade desde ontem e afirmou que nunca as águas tinham subido tanto. "Cada um ajudando melhora um pouco esse desastre que aconteceu", disse. Segundo ele, nas enchentes passadas a água subia devagar, mas dessa vez o arroio transbordou muito rápido.

Na comunidade de Navegantes, Lélio explicou que a Força Sindical-RS se mobilizou assim que soube do desastre para levar conforto aos desabrigados. "Trouxemos o carregamento antes da meia noite para que as pessoas não passassem frio e dormissem bem", disse o sindicalista.

O vereador da cidade Rudinei Harter (PDT) agradecia a ajuda. "Temos que agradecer por que a Força Sindical tem essa função social dentro da luta para ajudar as pessoas nessa situação", disse. Segundo o vereador, o município precisa agora de segurança para garantir a recuperação do patrimônio das pessoas que tiveram que deixar suas casas.

Na Igreja Matriz, central das doações, era grande a concentração de idosos. Os coordenadores pediam mais água, que havia terminado nos mercados.

A luz e a água devem ser reestabelecidas hoje em São Lourenço do Sul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário