quinta-feira, 14 de abril de 2011

Funcionários da GM de Gravataí votam contra exploração do trabalho

 
A assembleia da tarde reuniu trabalhadores da Montadora GM em Gravataí e também aprovou o indicativo de greve e repudiou o aumento do PPR (participação nos lucros) de apenas R$300. O Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, filiado à Força Sindical-RS, realizou o ato em função da campanha salarial 2011 para estabelecer a posição dos funcionários da montadora que enfretam dificuldades como esforços repetitivos.

Os trabalhadores esperam uma proposta decente e clara da GM.

"É um deboche para os trabalhadores R$300. Apreciamos a proposta aqui na assembleia para que a empresa perceba que não é o sindicato, mas os trabalhadores que querem melhores condições", afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Edson Dorneles.

Durante a manhã os trabalhadores fortaleceram a posição e durante a tarde a opção por lutar por melhores condições foi confirmada.

O presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, presente no ato junto com mais diretores da central, assim como ocorreu durante o início desta quarta-feira, afirmou que estava lá falando em nome da Força Nacional. Quando questionou os trabalhadores se suas funções valiam menos do que dos trabalhadores de São José e São Paulo, ouviu um sonoro "NÃO!!!" dos presentes.

"É por isso que estamos aqui, lutando ao lado de vocês, porque se essa empresa globalizou tudo, agora quer globalizar a exploração do trabalho, para que o serviço dos gaúchos seja valorizado como é o serviço do paulista e de todos os outros locais onde a montadora tem empregados", afirmou.

E completou afirmando que os trabalhadores da GM produzem exatamente o mesmo produto e os gaúchos não devem receber menos por isso. 

"Estamos nos solidarizando a vocês, porque esse é o interesse do trabalhador", justificou.

No dia 18/04, na próxima segunda-feira, haverá nova assembleia para avaliação com os trabalhadores da proposta da GM. Também poderá ser votada a possibilidade de greve. Se for decretado estado de greve,  a paralisação deve iniciar no dia 25.

"Não podemos ser a segunda linha de produção da GM no Brasil", disparou Edson Dorneles, entre outros diretores como Valcir Ascari e Alberto Cetrulo.

No final da assembleia, chegou aos trabalhadores a notícia de que a diretoria da montadora GM estava aberta a fazer negociações.

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